A Ansiedade da Mulher 40+


Já sabemos que ansiedade não é “tudo igual” mas, parece que os anos passam e a gente esquece de olhar para dentro e observar com mais consciência e autocompaixão as mudanças que os anos trazem.

Depois dos 40 anos a mulher ganhou experiência e viveu coisas que uma mulher de 20 e 30 anos possivelmente não viveu. Ela sente e se relaciona de outra maneira com as vivências do dia-a-dia e com cada relacionamento ao seu redor.

Além disso a percepção dessa mulher é diferente porque ela aprendeu a olhar para muitas coisas do seu passado de outra maneira, talvez como resultado de “tentativa e erro” ou por conta da própria maturidade.

Vivências e comportamentos que aos 20 anos eram motivadores, aos 40 podem ser cansativos e insignificantes – como a competitividade tão presente nas nossas relações atualmente.

Mas isso não significa que a Mulher 40+ é menos ansiosa. Arrisco dizer que essa mulher pode até ser mais ansiosa do que quando tinha 20 ou 30+.

Ela pode estar mais acostumada com os seus sinais de ansiedade e, por negligência e falta de suporte profissional, não tem a clareza necessária para entender o que é sinal de ansiedade e o que é parte da sua personalidade.

Um outro ponto de alerta é que o desgaste físico, mental e emocional da ansiedade se acumula e isso pode trazer riscos e prejuízos para quem quer viver de forma mais significativa.

Muitas vezes a Mulher 40+ já vivenciou a maternidade, momento da vida que pode misturar novas descobertas com sentimentos de culpa, desamparo, cansaço, além de outros impactos que a maternidade pode ter na vida pessoal, conjugal e profissional.

A grande “cartada” da Mulher 40+ é que ela pertence a uma geração que rompeu preconceitos sobre saúde mental e emocional e, felizmente, tem orgulho de ter “uma terapeuta para chamar de sua”! O suporte profissional para essa mulher não é só uma necessidade, é também um desejo, e isso faz toda a diferença na jornada que ela vai trilhar daí em diante.

Imagem: Freepick

Como eu gostaria de saber alguns detalhes sobre a ansiedade quando ela cruzou o meu caminho em 2016, quando morava na Inglaterra.

Sou tão grata e feliz pelo meu trabalho com saúde mental e emocional que gostaria de compartilhar alguns desses detalhes que vão abrir portas e janelas mentais para que você se observe e saiba se cuidar ainda melho.

5 ERROS QUE EU COMETI AO LIDAR COM A ANSIEDADE

1.EVITAR situações de desconforto: Tentei evitar situações que causavam ansiedade, mas com o tempo tive a sensação de que a minha vida estava “encolhendo” e isso diminuiu a minha capacidade de lidar e superar o problema. A prática de Mindfulness ajuda a entender quando e como se expor a situações assim e o processo terapêutico reafirma que não estamos desamparadas.

2.LUTAR contra os Pensamentos Ansiosos: Em vez de PERCEBER esses pensamentos ansiosos e trabalhar no ACOLHIMENTO deles, eu lutava e tentava “bloquear” esses pensamentos. Já temos conhecimento de que mecanismos e conexões mentais são muito complexos e simplesmente tentar lutar ou bloquear um pensamento ansioso é improdutivo e pode gerar ainda mais ansiedade.

3.Não agir de acordo com MEUS VALORES: Como eu não sabia me observar nem tinha controle sobre a minha mente, eu me permitia estar em situações e com pessoas que não estavam alinhadas com meus valores. Isso diminuía minha autoestima e meu sentido de propósito, já que os nossos valores são como pilares individuais e morais no nosso contexto social. Eles nos orientam sobre o que faremos (ou não) e sobre as pessoas com quem teremos relações mais achegadas (ou não).

4.Pensar que Relaxar era a única solução: Me concentrei apenas em momentos de folga e em técnicas de relaxamento. Mas sem saber praticar a Autocompaixão (representado pelo “Acolher” do Método Perceber e Acolher) relaxar podia ser muito mais frustrante que relaxante. Eu nem sempre conseguia descansava de verdade e, quando conseguia, inconscientemente me julgava e me criticava por “não ser capaz de me permitir o descanso”, por “perder tempo”, por “só empurrar as obrigações pra depois”. Sem dúvidas descansar e relaxar são ferramentas importantes nesse processo mas a nossa entrega consciente nesses momentos depende de outras habilidades que só desenvolvemos durante o processo terapêutico.

5.Esperar Resultados Imediatos: Me sentia incapaz e insuficiente quando as mudanças não aconteciam rapidamente. A típica armadilha que só quem sofre com ansiedade entende: a gente acha que consegue sozinha, sofre mais, chega à conclusão de que precisa ajuda mas busca ajuda um pouco tarde e queremos a mudança “para ontem”. A prática de Mindfulness ajuda a ter calma e foco no decorrer do processo. Ajuda a desconstruir uma ponte contaminada, por assim dizer, e a construir uma nova ponte saudável. Lidar com a ansiedade é um processo contínuo e recompensador.

A Mulher 40+ sabe muito bem o que não quer e não negocia com alguns alvos individuais muito claros, como por exemplo: aprimorar sua saúde mental e emocional e resgatar a leveza interior que tinham quando eram mais jovens, mas que foi parcialmente roubada pelas mesmas experiências que proporcionaram o amadurecimento. 

Obter o alívio da ansiedade que afeta nossos pensamentos, sentimentos, sono, relações, atividades como mulher cristã e carreira profissional requer mais que esforço e dedicação. Requer formação profissional e metodologia. 

Essa mulher já entendeu que precisa de ajuda e não vê isso como se ela não fosse capaz de “dar conta do recado”. Na verdade ela entende isso como “capacidade de delegar” – algo que ela conquistou com dedicação e autoconhecimento! 

As sessões de Mindfulness Terapêutico ajudam de forma prática e objetiva a lidar e superar a ansiedade nessa fase tão especial das nosssas vidas.

Pratique a generosidade e compartilhe essa informação com outras Mulheres especiais!

Um abraço,

Camila Caioni

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